O mecanismo de ajuste de carbono na fronteira (CBAM) foi tema do encontro de Lucas Ferraz, secretário de Negócios Internacionais do Estado de SP, com Ralph Ossa, economista-chefe da OMC (Organização Mundial do Comércio). Os dois se reuniram nesta segunda (04), na COP28, em Dubai. A tarifa de carbono está sendo instituída na União Europeia, e pretende cobrar uma taxa adicional aos países exportadores em função do carbono utilizado na produção dos produtos. 

“São Paulo é o maior exportador do Brasil para a União Europeia e, evidentemente, isso é um ponto de atenção, mas ao mesmo tempo, isso também vai criar incentivos para que as empresas exportadoras, aquelas que estão focadas no mercado europeu, busquem fontes renováveis de energia”, declarou o secretário. “Por outro lado, dada a baixa pegada de carbono já existente nos processos produtivos em São Paulo, vis à vis o resto do mundo, não seria improvável que o CBAM, ao penalizar países com matrizes energéticas de alta intensidade de carbono, resulte em ganhos relativos para as exportações paulistas.”, finalizou Ferraz.